Sobre movimentos artísticos
Postado em 26/05/2020

PERCEPÇÕES PÓS PÓS-MODERNISMO
Observações sobre novas concepções da história cultural e estética
___________________Dentro da cultura ocidental, havia antes uma distinção entre a cultura erudita, elitista, secular, que moldava as linguagens aristocráticas, denominando-se intelectualmente de qualidade, com estilos bem definidos, que aspirava uma perspectiva de real importância com o legítimo, e a cultura popular, que fugia aos interesses e ideias sérias e intelectualizadas. Assim, para distinguir-se socialmente, defendia-se que a cultura de massa e seu entretenimento comum eram de mau gosto.
A ideia de movimentos artísticos, sua lógica progressista e do culto à originalidade, nasce na modernidade. O Modernismo era focado na criação de grandes verdades ou grandes narrativas, postulando que a função de um objeto tem o seu ponto de referência sob a forma de um objeto, porém, historicamente, afrontou o que era o passado e, gradativamente, começou a se dissolver.
Em meados do século XX, tendo em vista uma sociedade de consumo em massa, as pesquisas de opinião passaram a ser aplicadas, dando visibilidade e detalhando as tendências culturais e de gosto em todas as classes sociais, mostrando, dentre outras questões, que as pessoas de classes sociais menos favorecidas passaram a se interessar por história da arte, aprender música clássica, entre outros, e a classe elitista a frequentar escolas de samba, bailes funk e hip hop, misturando os elementos e criando tendências, moldando o gosto pessoal e o mercado cultural.
Neste período, inúmeros projetos artísticos modernistas se associaram ao totalitarismo ou foram assimilados pela cultura mainstream.
Reconhecendo que a novidade em si era impossível e quebrando estas fronteiras, a Pós-Modernidade foi em busca de sua desconstrução, de uma verdade efêmera e com inúmeras abordagens, sendo caracteristicamente irônica, cética e citacionista. Referenciando a virtualidade em seu livre jogo de sinais, porém, constituindo em uma diminuição afetiva que beira a esquizofrenia e, contudo, perdendo potência significativa atualmente.
A atualidade mostra que esta função está evoluindo tão rapidamente que deve tomar o seu ponto de referência no próprio processo. Um novo momento na História da Arte e Cultura Contemporânea no século XXI, representando conceitos em Arte sem uma qualificação e distinção, sem um direcionamento específico de público ou áreas de conhecimento popular e erudito, ou seja, híbrida, não categorizada e não hierarquizada.