Iconografia, Iconologia e outros
Postado em 17/08/2020

MOVIMENTOS DA HISTÓRIA DA ARTE apresenta, em formato não cronológico, um breve panorama das principais obras e artistas, pontuando obras icônicas que foram pilares na formação da ideia de movimentos e escolas artísticas dentro da história.
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Conforme a visão Ocidental, a denominação das divisões cronológicas da História é baseada por acontecimentos de ordem cultural, política e social que carregam características em comum da humanidade: Pré-história, Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea.
RENASCIMENTO
O Renascimento surgiu na Itália, entre a Idade Média e a Modernidade, conforme o desenvolvimento comercial de cidades como Roma, Veneza e, principalmente, Florença, com a região do Mediterrâneo. Este período correspondeu à crise no sistema feudal e o aparecimento da burguesia com seu processo de afirmação social, iniciando, assim, o Capitalismo. Foi um movimento de ordem cultural, econômica e política entre os séculos XIV e XV, se estendendo até o século XVII por toda a Europa, com acontecimentos históricos que contribuíram para o seu desenvolvimento, como também grandes descobertas científicas na astronomia, física, medicina, matemática e geografia.
Em oposição a uma conjuntura medieval histórica, em que Deus era o centro do mundo e questionando valores entre a fé e a razão, a cultura renascentista era pautada no individualismo, onde o conhecimento poderia ser explicado pela experiência científica, colocando, assim, o homem como o centro do mundo, ideia central para o nascimento do Humanismo, que se desenvolveu em diversos campos do conhecimento e nas artes. Dos valores celestiais, entre os místicos e religiosos, passou-se à valorização dos interesses terrenos, entre os materiais e intelectuais.
Diferentemente da maior parte da produção artística na Idade Média, que tendiam ao anonimato, surgem artistas que buscavam construir suas obras, sem submissão aos poderes, com maior autonomia e liberdade de criação. Retomando conquistas técnicas greco-romanas, que foram aperfeiçoadas pelos artistas do período Gótico, como o estudo da perspectiva e o aprimoramento do claro-escuro e entre volume e proporção, buscou-se maior realismo nas representações, no que se refere à ilusão tridimensional.
Há 3 momentos significativos. O Trecento, que corresponde ao século XIV. De inspirações clássicas, marcou a transição entre a Idade Média e a Moderna, suscitando valores humanísticos e uma ruptura com o estilo Gótico, levantando questões como a tridimensionalidade na pintura. O Quattrocento, no século XV, foi o período mais intenso e de fortalecimento dos valores humanísticos, que se espalharam pelas diversas artes e que buscavam, nas características da cultura greco-romana, temas pagãos, como a mitologia e o resgate dos princípios de beleza e perfeição formal. Surge a pintura em tela e a óleo e a figura do mecenas, que passa a incentivar e financiar os artistas. O Cinquecento, século XVI, marcado pelo enfraquecimento do apogeu Renascentista. Nas artes, caracterizou-se pela mistura de temas religiosos e profanos.
Giotto di Bondone, Entrada de Cristo em Jerusalém, afresco, 200 x 185cm, 1304-1306. Capela degli Scrovegni, Pádua, Itália.
Giotto di Bondone, A Lamentação, afresco, 200 x 185cm, 1304-1306, Capela degli Scrovegni, Pádua, Itália.
Fra Angelico, O Juízo Final, têmpera sobre madeira, 105 x 210cm, 1425-1430. Museu de São Marcos, Florença, Itália
Fra Angelico, A Anunciação, têmpera sobre madeira, 162,3 x 191,5 cm, 1426. Museu do Prado, Madrid, Espanha.
Masaccio, O Pagamento do Tributo, afresco, 247 x 597cm, 1425. Capela Brancacci, Florença, Italia.
Masaccio, Madona com o Menino, têmpera sobre madeira, 134,8 x 73,5cm, 1426. Galeria Nacional, Londres, Inglaterra.
Piero della Francesca, A Flagelação de Cristo, óleo e têmpera sobre tela, 58,4 × 81,5cm, 1455-1460. Palácio Ducal, Urbino, Itália.
Piero della Francesca, retratos de Federico da Montefeltro e sua esposa Battista Sforza (Duques de Urbino), têmpera sobre madeira, 47 x 33cm (cada), 1465-1472. Galeria degli Uffizi, Florença, Itália.
Sandro Botticelli, Primavera, têmpera sobre madeira, 203 x 314 cm, 1482. Galeria degli Uffizi, Florença, Itália.
Sandro Botticelli, O Nascimento de Vênus, têmpera sobre tela, 172 x 278 cm, 1482-1485. Galeria degli Uffizi, Florença, Itália.
Leonardo da Vinci, Homem Vitruviano, lápis e tinta sobre papel, 34× 24cm, 1490. Galeria da Academia de Veneza, Itália.
Leonardo da Vinci, Mona Lisa, óleo sobre madeira, 77 x 53cm, 1503. Museu do Louvre, França.
Hieronymus Bosch, O Jardim das Delicias Terrestres (tríptico), óleo sobre madeira, 205,5 x 384,9cm, 1490-1500. Museu do Prado, Madrid, Espanha.
Hieronymus Bosch, O Carro de Feno (tríptico), óleo sobre madeira, 147,1 x 224,3cm, 1512-1515. Museu do Prado, Madrid, Espanha.
Michelangelo Buonarroti, Pietá, mármore, 174 x 195cm, 1499. Basílica de São Pedro, Itália.
Michelangelo Buonarroti, teto da Capela Sistina, afresco, 40 x 14m, 1508-1512. Capela Sistina, Itália.
Albrecht Dürer, Auto retrato com Peles, óleo sobre madeira, 67,1 × 48,9cm, 1500. Pinacoteca de Munique, Alemanha.
Albrecht Dürer, Melacolia I, gravura em metal, 18,8 x 24cm, 1514. Kupferstichkabinett Berlin, Berlin, Alemanha.
Rafael Sanzio, Casamento da Virgem, óleo sobre madeira, 170 × 117cm 1504. Pinacoteca de Brera, Milão, Itália.
Rafael Sanzio, A Escola de Atenas, afresco, 5 x 7m, 1509-1511. Sala da Segnatura, Vaticano, Itália.
Pieter Brueghel, o Velho, A Torre de Babel, óleo sobre madeira, 114 x 155 cm, 1563. Museu de Belas Artes de Viena, Áustria.
Pieter Brueghel, o Velho, Caçador na neve (inverno), óleo sobre madeira, 116,5 × 162 cm, 1565. Museu de Belas Artes de Viena, Áustria.